O acolhimento como estratégia de atendimento no serviço de referência para doenças infecciosas

Autores

  • POLICARDO GONÇALVES SILVA Universidade do Estado de Minas Gerais- UEMG - Unidade Passos

DOI:

https://doi.org/10.18406/2359-1269v6n12019225

Palavras-chave:

Cuidados de enfermagem, Acolhimento, Doenças infecciosas

Resumo

Introdução: A inclusão da população chave no serviço de saúde, por meio de um acolhimento qualificado, contribui para um acesso facilitado as diversas tecnologias de prevenção, promovendo a redução de danos e da cadeia de transmissão das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), do vírus da imunodeficiência humana síndrome (HIV) da síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) e das Hepatites Virais. Nesse sentido, sabe-se que a população chave é muito descriminada e apresenta grande evasão dos serviços de saúde, prejudicando assim as ações de promoção e recuperação da saúde. Objetivo: relatar a experiência vivenciada em um serviço de referência em prevenção, diagnóstico e tratamento das IST, do HIV/ Aids e das Hepatites Virais quanto às questões técnicas relacionadas ao aconselhamento/testagem rápida e à organização/rotina do serviço de saúde. Método: Trata-se de um relato de experiência desenvolvido a partir da experiência dos profissionais de enfermagem atuantes no serviço de atendimento de um município do Sul de Minas Gerais, durante as atividades como: abordagem, acolhimento e a viabilização do atendimento às necessidades apresentadas por este público. Resultados e discussões: Os profissionais que atuam no atendimento inicial precisa transmitir segurança e tranquilidade, além de respeitar o usuário em todos os momentos, estando atento para as dúvidas existentes, mostrando a melhor forma de lidar com as adversidades vivenciadas por esta população. O acolhimento mostrou-se primordial, uma vez que o usuário chega à unidade com medos, dúvidas e receios quanto a realização dos testes rápidos para HIV, Hepatites B, C e Sífilis. Além disso, necessitam de esclarecimentos sobre os possíveis efeitos colaterais de medicamentos para aqueles que tivere elegibilidade para a Profilaxia Pré – exposição de risco a infecção pelo HIV (PrEP) e a Pós exposição (PEP). Nesse sentido, promover uma escuta qualificada com este usuário se mostrou de grande importância, transmitindo calma e segurança, para que todas as etapas realizadas no serviço sejam bem-sucedidas. Observou-se ainda que, além do não uso do preservativo na maioria da população alvo, grande parte desconhece a forma correta de manuseio deste insumo. No acolhimento é possível oferecer todas as orientações necessárias para os métodos corretos de utilização deste instrumento de prevenção. Foi observado que grande parte desse público, desconhece as tecnologias de prevenção as IST, ao HIV/ Aids e as Hepatites Virais. Considerações Finais: Existe uma necessidade de acolhimento eficaz e humano para a população chave, uma vez que tem sido alvo de preconceito, discriminação, além possuir um índice elevado de evasão dos serviços de saúde. Tal população encontra-se carente de orientações educativas sobre o manuseio correto do preservativo, da testagem rápida e uso também da disponibilidade da PrEP ou da PEP, mesmo quando os serviços especializados oferecem atenção especializada. É necessário que o conjunto de todas as redes de saúde removam as barreiras de acesso a essas populações, erradicando a discriminação e as desigualdades de gênero, acolhendo de forma integral, contribuindo assim para uma assistência resolutiva.

Biografia do Autor

POLICARDO GONÇALVES SILVA, Universidade do Estado de Minas Gerais- UEMG - Unidade Passos

Enfermeiro e Professor na Universidadade do Estado de Minas Gerais- UEMG- Unidade PassosEspecialista em Enfermagem do Trabalho- Universidade Cruzeiro do Sul- São Paulo- SPMestre em Ciências - Tecnologia e Inovação em Enfermagem pela da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto- Universidade de São Paulo EERP/ USP

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Publicado

2020-03-04

Como Citar

SILVA, P. G. O acolhimento como estratégia de atendimento no serviço de referência para doenças infecciosas. Revista Eixos Tech, [S. l.], v. 6, n. 1, 2020. DOI: 10.18406/2359-1269v6n12019225. Disponível em: https://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostech/article/view/225. Acesso em: 29 abr. 2024.