O PROJETO EPTV NA ESCOLA E A TENTATIVA DE EDUCAR E FIDELIZAR O PÚBLICO JOVEM À MÍDIA TRADICIONAL

Resumen

Apesar do avanço avassalador das mídias digitais, a tradicional TV aberta brasileira ainda exerce influência na sociedade e, em muitas situações, é a principal fonte de informação e educação para milhões de pessoas. Há 24 anos, a rede de TV regional EPTV - Emissoras Pioneiras de Televisão - afiliada à Rede Globo de Televisão - desenvolve o projeto EPTV na Escola, um concurso de redação para estudantes do último ano do ensino fundamental. Diante das transformações sofridas pelos meios de comunicação, em que se observa uma tendência do público jovem a consumir conteúdo pelas plataformas digitais, propõe-se analisar - a partir da contextualização da Educomunicação como um campo da Ciência da Comunicação - concordando ou refutando, se o projeto supracitado pode ser considerado uma prática eficiente de educomunicação, em que os alunos são estimulados a desenvolver a escrita em sala de aula e, ao mesmo tempo, incentivados a acompanhar a programação da EPTV, veículo tradicional da TV aberta, que propõe o tema da redação com base em assuntos da atualidade. Para atingir o objetivo proposto, questiona-se: Houve aumento ou queda da adesão das escolas participantes nos últimos anos? As reportagens produzidas pela emissora sobre o tema da redação atingem esse público apenas pela transmissão tradicional ou também por outras plataformas midiáticas? O estudo caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica e documental, a partir de relatórios e outros documentos fornecidos pela emissora. Serão analisados o regulamento oficial do projeto, a reportagem exibida sobre o tema proposto para a edição de 2023, relatórios de audiência encomendados pelo Grupo EP e relatórios fornecidos pelo projeto com o número de escolas e estudantes participantes ao longo dos anos. Para fundamentar a discussão, ancora-se teoricamente nos pressupostos do campo da Educomunicação por meio dos estudos de Soares (2002), Moran (1994), Citelli (2004), Setton (2010) e Schaun (2002).