GESTANTES COM SOROLOGIA POSITIVA PARA A SIFILIS
DOI:
https://doi.org/10.18406/2359-1269v6n12019247Keywords:
Gestante portadora de sífilis, Infecções sexualmente transmissíveis (IST), Sentimentos.Abstract
Introdução: A Sífilis é uma doença infecciosa, sistêmica, de evolução crônica, sujeita a surtos de intensificação e períodos de latência clínica de menor ou maior tempo de duração, decorrente da infecção por uma bactéria, o Treponema pallidum. Sua transmissão é predominantemente por via sexual e vertical (materno-fetal), resultando nas suas formas adquiridas e congênitas, respectivamente. Atualmente a sífilis é considerada uma doença reemergente, devido ao grande aumento da sua incidência nos países em desenvolvimento, enquanto nos países desenvolvidos é atualmente considerada epidemiologicamente estável. A gestação é um período singular para a mulher, pois esta passa por intensas mudanças físicas, hormonais e o aumento da sensibilidade é evidente a reação delas ao receberem um diagnóstico da doença, principalmente as que têm parceiro fixo ao descobrirem que se trata de uma infecção sexualmente transmissível (IST), imediatamente remetem a uma traição e a fragilidade pela gestação intensifica os sentimentos de dor, medo ou traição. A intervenção com as gestantes deve ser intensificada pela possível e inaceitável ocorrência da sífilis congênita nos dias de hoje. Dessa forma, ressalta-se a importância de que os profissionais de saúde respeitem as necessidades da mulher, bem como construam estratégias para abordagem efetiva para o processo de cuidado. Objetivo: Descrever em forma de revisão de literatura, o as implicações e fatores que uma gestante com sorologia positiva para sífilis possui. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão de literatura abordando o tema a maternidade no contexto da sorologia positiva para sífilis, que será realizado durante os meses de abril a dezembro de 2019. A busca de dados foi realizada utilizando o Portal Regional da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Resultados: A análise da literatura mostrou que a sífilis estudos apontam que 56,5% das gestantes com sífilis recebem tratamento inadequado, 27,3% não recebem tratamento, 12,1% dos casos são ignorados e apenas 4,1% recebem a terapêutica adequada, Vale ressaltar que a maioria das gestantes não tratadas ou não tratadas adequadamente podem transmitir a infecção para seus conceptos, podendo causar morte fetal, morte neonatal, prematuridade, baixo peso ao nascer ou a infecção congênita. A literatura aponta que tal acometimento está associado à vulnerabilidade social que a mulher vivencia. Conclusão: Considerando a dimensão dos dados publicados, torna-se imprescindível a implementação e manutenção de práticas para controle e prevenção da sífilis. Faz-se necessário complementar as políticas públicas para que toda a população tenha acesso aos serviços de saúde; independente de sua situação social.
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