Escalas de dor em pacientes oncológicos pediátricos: Uma revisão de literatura

Autores

  • Elton Junio Sady Prates Universidade Federal de Minas Gerais. http://orcid.org/0000-0002-5049-186X
  • Maria Luiza Sady Prates Universidade Federal de Minas Gerais.
  • Trycyane Rodrigues Bueno
  • Sandra Shimoda
  • Camilla Borges Lopes Souza Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade Acadêmica de Passos.

DOI:

https://doi.org/10.18406/2359-1269v5n2201877

Palavras-chave:

Neoplasias. Dor do Câncer. Criança.

Resumo

O câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais, no qual o diagnóstico exige o olhar cuidadoso e abrangente da equipe interdisciplinar, principalmente em relação às queixas álgicas. Embora o controle da dor seja um princípio básico para a qualidade de vida, em crianças o tratamento da dor é complexo. Assim, o presente estudo teve como objetivo descrever a atuação do enfermeiro na mensuração e controle da dor em pacientes oncológicos pediátricos através de um estudo bibliográfico. Para a seleção dos estudos realizou-se um levantamento on-line dos artigos publicados nas bases de dados LILACS, MEDLINE e CINAHL, utilizando-se os descritores em inglês “cancer” “children” e “pain” para a busca destes termos no título, abstract ou corpo do artigo. Foram incluídas neste estudo todas as publicações disponíveis na biblioteca on-line filtrando os artigos publicados nas bases de dados no período de 2008 a 2016. Após a avaliação e seleção da amostra constituiu-se de 26 artigos. Dentre as escalas mais utilizadas pelos autores, destaca-se a EVA, por ser tratada como uma escala capaz de facilitar o entendimento em relação à intensidade de dor, além de apresentar fácil utilização. A maioria dos autores utilizaram escalas para mensurar a dor e obtiveram resultados positivos, alguns intercalaram uma escala a outra como forma de validar os resultados obtidos. Entretanto, alguns optaram por não as utilizar, trocando-as por métodos não convencionais, tais como questionários semiestruturados. Considera-se, portanto, que a enfermagem demonstrou grande importância no acompanhamento, bem como nas intervenções para o controle da dor nos pacientes em estudo.

Biografia do Autor

Elton Junio Sady Prates, Universidade Federal de Minas Gerais.

Estudante de Iniciação Científica e Granduando em Enfermagem.

Maria Luiza Sady Prates, Universidade Federal de Minas Gerais.

Estudante de Iniciação Científica e Granduanda em Enfermagem.

Trycyane Rodrigues Bueno

Enfermeira, Especialista em Enfermagem Oncológica.

Sandra Shimoda

Enfermeira, Doutora, Docente da Fundação Antônio Prudente (FAP). 

Camilla Borges Lopes Souza, Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade Acadêmica de Passos.

Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pela EE/USP. Docente da Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade Acadêmica de Passos.

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Publicado

2018-12-19

Como Citar

PRATES, E. J. S.; PRATES, M. L. S.; BUENO, T. R.; SHIMODA, S.; SOUZA, C. B. L. Escalas de dor em pacientes oncológicos pediátricos: Uma revisão de literatura. Revista Eixos Tech, [S. l.], v. 5, n. 2, 2018. DOI: 10.18406/2359-1269v5n2201877. Disponível em: https://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostech/article/view/77. Acesso em: 3 maio. 2024.

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Artigos