A RELAÇÃO ENTRE A MÚSICA E A SATISFAÇÃO DO PACIENTE DURANTE O ATENDIMENTO CLÍNICO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18406/2359-1269v5n12018142

Palavras-chave:

Musicoterapia, Estresse, Ansiedade

Resumo

INTRODUÇÃO – a Saúde moderna tem focado muito em sua humanização, e uma das formas utilizadas, é a utilização de terapias alternativas em prevenções e em tratamentos. A utilização da música nos ambientes hospitalares tem se mostrado ser bastante efetiva quanto à redução do estresse dos pacientes durante suas passagens por esses ambientes. Tendo isso em vista, a pesquisa em questão testou a presença de música de meditação durante atendimentos clínicos de uma Estratégia de Saúde da Família. OBJETIVO - A pesquisa visa confirmar que através da musicoterapia, campo que estuda os efeitos da música no ser, é possível promover um ambiente menos estressante e mais satisfatório aos pacientes. METODOLOGIA - O projeto foi realizado em Passos, Minas Gerais, entre maio e dezembro de 2017 na Estratégia de Saúde da Família (ESF) Escola, com a inserção de música de meditação dentro do consultório durante a consulta. A escolha dos pacientes que participaram da intervenção foi feita de forma aleatória, sendo os grupos Caso (com intervenção musical) ou Controle (sem intervenção musical). Para mensurar a satisfação geral dos pacientes foi utilizado o instrumento PSQ-18 (Short-Form Patient Satisfaction Questionnaire), respondido de forma anônima e individual, que analisa sete dimensões: satisfação geral, qualidade técnica, maneira interpessoal, comunicação, aspectos financeiros, tempo gasto com o médico, acessibilidade e conveniência, com posterior correlação com a presença da música. RESULTADOS - O grupo Caso, em relação ao Controle, apresentou melhora significante em satisfação geral, em qualidade técnica, e em aspectos financeiros. A maior melhora foi na satisfação geral, o foco da pesquisa, indicando os resultados benéficos da musicoterapia nos consultórios. As dimensões qualidade técnica e aspectos financeiros também apresentaram melhora significativa, apesar de não ter sido o foco da pesquisa. CONCLUSÃO – chegou-se à conclusão de que a musicoterapia nos consultórios é benéfica para a satisfação do paciente durante o atendimento clínico.

Referências

BENENZON, R. O. Teoria da Musicoterapia: contribuição ao conhecimento do contexto não verbal. 3. ed. São Paulo: Summus Editorial, 1988.

BERNATZKY, G. et al. Emotional foundations of music as a non-pharmacological pain management tool in modern medicine. Neuroscience and Biobehavioral Reviews, 35(9), 1989-1999, 2011.

BLOOD, A. J.; ZATORRE, R. J. Intensely pleasurable responses to music correlate with activity in brain regions implicated in reward and emotion. PNAS, 98(20), 11818-11823, 2001.

BLUM, R. H. Psysician-patient relationship, survey and action. California Medical Association, 1956.

BRASIL. Lei no 8080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União 1990; 20 set.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

FLEXNER, A. Medical Education in United Stated and Canada: A report to the canergie foundation for the advancement of teaching. 4ª ed. New York: CopyRight; 1972.

GOFF, L. C., PRATT, R. R., & MADRIGAL, J. L. Music listening And s-IgA levels in patients undergoing a dental procedure. International Journal Of Arts And Medicine, 5, 22-26, 1997

JUNQUEIRA, A. C. O efeito da música no estresse de pacientes adultos durante cirurgias odontológicas: estudo randomizado, caso-controle e multiparamétrico. 2012. 77 p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, São Paulo.

KOOS, E. M. What city people think of their medical services. Am. J. Public Health, 45: 1551-1557, 1955.

MARTINS, J. C. A. O direito do doente à informação: contextos, práticas, satisfação e ganhos em saúde. 2008. 580 p. Dissertação (Doutorado) – Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar da Universidade do Porto, Porto, Portugal.

MASHALL, G. N.; HAYS, R. D. The Patient Satisfaction Questionnaire Short Form (PSQ-18). Santa Monica, CA: RAND Corporation, p. 7865, 1994.

MOREIRA FILHO, A. A. Relação médico-paciente: teoria e prática, o fundamento mais importante da prática médica. 2. ed. Belo Horizonte: Coopmed Editora Médica, 2005.

PAGLIOSA, F. L.; ROS, M. A. de. O Relatório Flexner: Para o Bem e Para o Mal. Revista Brasileira de Educação Médica, 32(4):492-499, 2008.

PIMENTEL, A. F.; BARBOSA, R. M.; CHAGAS, M. A musicoterapia na sala de espera de uma unidade básica de saúde: assistência, autonomia e protagonismo. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, v.15, n.38, p. 741-754, jul./set., 2011.

TRAPPE, H. J. The effects of music on the cardiovascular system and cardiovascular health. Heart, 96: 1868-1871, 2010.

SHUMAN, J. et al. Group music therapy impacts mood states of adolescents in a psychiatric hospital setting. The Arts in Psychotherapy, v. 49, p. 50-56, 2016. ISSN 0197-4556.

ZHOU, K. et al. A clinical randomized controlled trial of music therapy and progressive muscle relaxation training in female breast cancer patients after radical mastectomy: Results on depression, anxiety and length of hospital stay. European journal of oncology nursing, v. 19, n. 1, p. 54-59, 2015. ISSN 1462-3889.

Downloads

Publicado

2018-08-09

Como Citar

FÉLIX MIZIARA, I.; DE PAULA SILVA, J. A RELAÇÃO ENTRE A MÚSICA E A SATISFAÇÃO DO PACIENTE DURANTE O ATENDIMENTO CLÍNICO. Revista Eixos Tech, [S. l.], v. 5, n. 1, 2018. DOI: 10.18406/2359-1269v5n12018142. Disponível em: https://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostech/article/view/142. Acesso em: 5 maio. 2024.